sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Subdesenvolvimento e Mudanças em Angola "Um País em Crescimento"




"Amigos, há muito venho buscando formas e métodos para continuar o meu diálogo com vocês e preencher com matérias o meu blog…

Assim e como não deveria deixar de ser, estou a mandar-vos uma parte da minha que será chamada primeira obra cientifica e conto com as vossas contribuições.. Criticas e sugestões de capítulos.


Desde que me formei sempre tive uma ansiedade de traçar algumas linhas para colocar em prática as minhas idéias e levar aos leitores o que é de melhor ou razoavelmente melhor para aqueles que sempre se identificaram com a realidade, razão e sobretudo mostrando-se preocupados com a condição social do nosso povo.
Assim sendo, com maior ousadia, levo então os meus escritos para mostrar a sociedade angolana que é possível mudar e modificar o nosso modelo de vida partindo de nós.
Ao falar da sociedade e cidadania é necessário olharmos para qualsociedade estamos ou queremos nos debruçar e quais são as suas dificuldades para que possam pleitear os seus direitos, complementando com seus deveres e obrigações.
Porque às vezes só falamos ou cobramos os nossos direitos e não paramos para analisarmos se realmente estamos a cumprir com outras facetas da vida que nos condicionam estes direitos. Cobrar é sempre bom mais às vezes não temos condições de o fazer porque nem as nossas obrigações somos capazes de cumpri-las.

Então, ao falarmos de direitos temos que ter em conta o que já fizemos, o que estamos a fazer e o que iremos fazer para o nosso posicionamento enquanto pessoas e seres humanos pensantes.

Em Angola, estamos a descobrir e projectar, assim como me permito dizer, a experimentar um estado de democracia. Será que ela prevalecerá?

Mas como projectos são projectos, vivamos para vermos! Como actualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa e uma forma de governo do povo e para o povo então as expectativas de olharmos para o futuro aumentam. Mas a necessidade de se respeitar isso, é imprescindível".
Obrigado….

Francisco Cruz
Cientista Político

Subdesenvolvimento e Mudanças em Angola "Um País em Crescimento"


ACTUAÇÃO POLÍTICA

Em Angola, as políticas estão sendo muito mais acirradas devido a inrrevalidade que tem aumentado entre os partidos de oposição. Mas a cultura destes políticas irem ao encontro da sociedade, foram vistas durante as campanhas para as segundas eleições no país. Mas não obscuramos a violência social que se tem encestado a sociedade com os descasos na prestação dos serviços. O Antropólogo Adelmo num dos seus artigos que reflecte a violência, afirma que “o político é compreendido como um lugar de conflito, mas este, de uma forma ou de outra, entendido como fruto da desigualdade social”.


Nesta mesma ordem verificamos que muitos que governam os países ou as nações, procuram medir suas forças com determinadas potências mundiais, tornando desta forma vulnerável e indefesa as sociedades. O autor afirma ainda que “o poder, por sua vez, é implicado sempre com asubordinação, e esta, com a opressão de uma parte da sociedade sobre outra ou de um indivíduo sobre outros”.

O estado que tem com responsabilidade de velar pelas condições da sociedade. O Estado, assim, não é um órgão independente que se impõe à sociedade a partir do exterior, mas uma instituição nascida das entranhas da própria sociedade, que concentra e monopoliza o poder político. No pensamento de Hegel, o Estado não é somente uma parte, um momento, um lugar especial da história, mas a essência, o próprio núcleo da vida histórica.

O estado é o pré-requisito da história, sua realidade suprema. O Estado, a política e o poder foram rebaixados ao estatuto da "cidadania", como manifestações historicamente determinadas e, portanto, fadadas a desaparecer com as condições que os geraram.

Mesmo com as ajudas que recebemos do exterior, verifica-se justamente o crescimento da pobreza da sociedade. As elites continuam a se desfrutarem dos bens sacados das riquezas do país e disto aparecem as obras eleitorais para justificarem o uso ou aplicação da economia desviando e finalmente alterando uma legalidade natural ou social.

Nesse sentido, a violência é exclusiva do homem, na medida em que ele é o único ser que para manter-se em sua legalidade propriamente humana necessita violar ou violentar constantemente uma legalidade exterior ou da natureza. Aponta o mesmo autor, que a violência não se define apenas pela presença da força. Na natureza há forças naturais, mas a violência não é a força em si, ou em acção, mas sim o uso da força.

"Por isso dizemos que a força em si não é violência, e sim apenas a força usada pelo homem”. Daí o caráter exclusivamente humano da violência. O mundo hoje discute muito a questão da violência doméstica dando ênfase aos maustrados sobre as mulheres e as crianças, mas nos esquecemos das guerras que alguns países fomentam atacando outros com pretextos infusos.

O homem é um ser, em sua essência ontológica, violento. A violência é própria e exclusiva do ser humano. Porém, a questão que se coloca é saber como esse pressuposto pode nos ajudar a compreender a violência tal qual é apreendida pelo senso comum.

Por outro lado, ela de nada serve se não esclarecer as questões que são tangíveis ao senso comum e atuantes entre os "homens comuns". A construção teórica do objecto da investigação visa desvendar o objecto real que se manifesta empiricamente. A sociedade humana é uma totalidade concreta, um todo formado por partes que não são redutíveis a ele.

Para tanto, esta sociedade humana é espelhada no projecto de Estado-nação que na qual, encontra-se numa relação direta com autoridade soberana país, no qual esta relaçãorelação direta é desfrutada apenas pelos grandes homens do reino. Assim, a sociedade é sempre marginalizada e sem vez para conquistarem seus direitos fundamentais. (BENDIX pp109; 110).

Na usurpação das consciências dos cidadãos, os nossos representantes chegam a imputar algumas responsabilidades mascaradas para justificarem seus serviços e com isso escondem-se por detrás dos panos ou de enormes cortinas. A nossa sociedade continua apelando pelo socorro, quero serem livres da violência. Também podemos verificar ou visualizar a pouca vontade política que existe no meio disso tudo, mas a justificação é de que “estamos a subir” com feitura d’algumas obras descartáveis.

Os projectos de “Angola um canteiro de obras” não seria uma mera ilusão mais uma realidade e colocar nossas forças para o desenvolvimento da nação e construção de uma Angola brilhante.

O governo não pode governar por si só, mas precisa do povo para garantir a sua governação. Sabe-se para se construir uma nação a sociedade tem de fazer parte dela. Isto vem desde os primórdios, gregos, romanos, franceses e por ai em diante. Bendix, mostra-nos isso, ao dizer que “um elemento essencial da construção da nação é a codificação dos direitos e deveres de todos os adultos que são classificados como cidadãos”. (p110). Assim sendo, continua o autor, “a integração gradual da comunidade nacional desde a Revolução francesa reflecte estas tradições sempre que a extensão da cidadania” e naturalmente é discutida em vários círculos governativos da sociedade.

Hoje os representantes tradicionais já fazem parte deste amplo projecto de nação porque têm uma palavra a dar com relação ao seu mundo social. As suas preocupações já são levadas em conta e estes têm o dever de levá-los as suas comunidades. A razão ensina que todos os homens não podem prejudicar os outros. O fundamento na construção do Estado é o facto que a sociedade tem o direito de executar as leis. Locke nos remete que “para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as acções e regular-lhes as posses e as pessoas conformem acharem conveniente, dentro dos limites da lei da natureza e não depender da vontade de qualquer outro homem”. (p419).
No nosso mundo nos debatemos com os descasos que é perpetuado no seio da nossa sociedade enaltecendo a desigualdade social. Locke afirma que “Estado também de igualdade, no qual é recíproco qualquer poder e jurisdição, ninguém tendo mais do que qualquer outro. Terão também de serem iguais umas das outras sem subordinação ou sujeição, conferindo-lhe, o direito indubitável ao domínio e à soberania. (p41). Todos os homens encontram-se em estado de natureza, porque é a partir deste estado que o homem pode agir com liberdade, ordenar as acções dentro daquilo que achar conveniente e dentro dos limites das leis da natureza.

O processo de violação da natureza e da sociedade, vale dizer, de construção destes dois eixos paralelos da legalidade humana, envolve projectos qualitativos e quantitativos que podem ser distintos e contraditórios ou até antagônicos. Como a sociedade é uma totalidade concreta e não um todo abstrato, as opções em torno das alternativas colocadas pela prática social sempre foram e sempre serão, ao nível das individualidades ou das particularidades, distintos e contraditórios. Nas sociedades de classes, sem dúvida, são opções antagônicas. De qualquer modo, seja qual for a sociedade (de classes, de castas, igualitária ou qualquer outra), as práticas sociais que implicam nessa violência essencial no interior da sociedade, existem como um "trânsito" constante do todo para as partes e vice-versa. (FILHO - Violência, política, poder e Estado: 1984, 25 pp).

Esse modo de existência social das práticas que informam (ou violam) aorganização da sociedade, esse "trânsito" contínuo da violência é o quedevemos chamar de política. Portanto, o político não pode ser indicado como um "lugar" ou um "espaço" do social, mas exatamente como um "não-lugar", como um movimento. Nem o conceito de política deve ser visto como indicação de uma "qualidade" das práticas sociais, mas como o exercício (mais ou menos deliberado) para realizar socialmente práticas sociais qualitativamente determinadas. Num sentido metafórico, podemos afirmar que o político é o movimento que aparece ao corte vertical na horizontalidade do desenvolvimento histórico. Por isso mesmo, tão essencial quanto a própria história.

Abolir ou extinguir o político seria, portanto, pretender extinguir o processo histórico. Da mesma forma que a violência histórico-social é um aspecto da apropriação da natureza pelos homens, a política é um aspecto do movimento histórico. Mais adiante veremos que, assim como a violência do homem sobre a natureza não pode ser entendida como algo puramente negativo, a violência histórico-social tampouco pode ser considerada apenas sob esse aspecto. Poderemos ver, então, que a violência não significanecessariamente opressão de uma parte da sociedade sobre outra, nem a política necessariamente "desigualdade social", embora signifique diferença e contradição.

(em breve, publicação do Segundo Capítulo do mesmo Tema).

2 comentários:

  1. Á Angola é uma porcaria!!
    Ass: Paulo Henriques de Paula Junior
    Cataguases-MG Primavera

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  2. Adorei o blog ,ajudou muito no meu trabalho de geografia.Abraço

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