quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O PAÍS NA PONTA DO LÁPIS











Texto: Francisco J. da cruz
25 DE DEZEMBRO DE 2008.



Acreditamos que o país está em crescimento, mas não nos esquecemos que existem coisas que precisamos fazer. Coisas como pensar no futuro de um crescimento melhor sem discriminação e sem interesses individuais. A colectividade e a solidariedade tem que estar acima de todos os interesses individuais. Acredito que como ser humano teremos que passar por uma reciclagem moral e espiritual, se atendermos pelo orgulho que temos em conseguirmos coisas para a nossa satisfação. Só que esta satisfação individual é produto de uma serie de situações que nos leva ao desinteresse social e colectivo.
Rousseau no Contrato Social levanta o problema capital do fundamento de uma organização social que instaure uma ordem sem, no entanto, criar uma fissura de classe entre uma minoria dirigente e a ‘massa’ dos dirigidos; pois, na sua teoria do contrato, cada um dando-se a todos não se dá a ninguém, e como não há um associado sobre o qual não se possa adquirir o mesmo direito que se cede a si mesmo, ganha-se o equivalente de tudo o que se perde, e mais força para conservar o que se tem.
Em conseqüência, compreende-se que uma organização social que não aliena (nem submete nem humilha) homem algum, só pode repousar no princípio da igualdade absoluta de todos os membros que a compõem, e, mais ainda, sobre a liberdade inteira de cada um.
Todos os angolanos com idade de pensamento e critica construtiva, organiza-se em diferentes órgãos sociais que lhe possa permitir dar o seu contributo na busca de soluções eficaz para um mundo melhor. O tempo de pensar em coisas fúteis terminou se termos em conta a responsabilidade que nos cerca na busca de soluções para a estrutura de olharmos o país em progressão de sustentabilidade.
O grande problema que Angola enfrenta é do ponto de vista social. É que a guerra engendrou o aparecimento de processos de degradação das condições de vida dos angolanos, reforçados pela incapacidade do governo de dar um novo rumo a vida econômica país. Apesar desses últimos dias do ano e antes das novas eleições, notificou-se alguns avanços no que tange a recuperação das estradas que nos leva ao interior da cidade capital do país. O slogan que Angola é um canteiro de obras, faz-nos pensar e avaliar o tipo de obras que se necessita para um novo modelo de crescimento estruturante do país. Tem crescido bastante também no país uma grande desigualdade social. Há uma pequena elite que detêm um nível de vida, substancialmente melhor que a maior da população. Concentração de renda nas mãos de algumas "elites", dilapidadoras do patrimônio público perigando o relançamento da nossa economia e ao mesmo tempo prejudicam a democracia. Esta pequena parcela de angolanos obstruem os processos de melhoria para o país, porque pode lhe afetar nos seus rendimentos dentro, como fora do país, engendrado no individualismo generalizada que assola o país.